quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Só as vejo

As luzes brilham lá fora, vejo da janela e como brilham.
Não há nada em movimento só brilham
E o silêncio das pisadas no asfalto, que o fazem silenciar e só as luzes que brilham, como se nada as pudessem impedir.
Nem aparenta ter gente do outro lado, só luzes que brilham informando que estão ali, ali, ali e ali.
Eu só as escuto, não as vejo.
Onde vai dar esses arranha céus?
Tocam as nuvens com as suas luzes
As luzes...
Luzes...

Luz.


(E.L.)
O tempo

Como pode ser assim, ter alguém que se queira e não ter.
Não se poder querer bem pelo medo de perder.
Se o tempo estiver ao meu favor, logo vai durar bem pouco.
E assim vou saber que estarei a ter tudo o que poderia ser.
Em qual parte essa solidão me faz em que o pensamento me cai.
Quando fecho os olhos te vejo tão perto e aberto me pego a suspirar.



(E.L.)
Se alembrar

Chove lá fora
É tempo de voltar
Voltar pro lugar de onde não deveria eu ter saído
Sinto um alegre vislumbrar
Com os sentidos no leve toque do vento a soprar a certeza na imensidão da liberdade a me esperar
Volto, vou voltar.
Sem desrespeito, sem nem saber como lá deve estar
Vem, vou voltar.
Sem o medo, sem o olhar, sem saber que um dia sai
E quando o vento, este vento vir sobrar, meu pensamento se alembrar

Abrirei os olhos e verei que tudo está no seu lugar.

(E.L.)
Poemas Levados no Vento


O suspiro é leve como se voa,
Não rebento no laço nem curva na linha,
Só se sabe que nada acho e que nem o dia alumia

Quem diria, eu! Como logo se me sucedeu,
Rápido como o pensamento e cortante como o vento,
Nem um dos dois se vê,
Mas que dor é essa que me há de acontecer

Mais pesado do que um caminhão lotado
E mais leve que o teu olhar
Nada me afligi, mas não consigo nem andar,
Parado, quieto, só com algo há pensar.

Que suspiro é esse que me faz acalentar

(E.L.)
Pensamentos

Como se eu tivera sido tomado
Amor inacabado, deixando aos pedaços.
Sem chão, sem ao, sem mim.
Perdido, achado, virado de cabeça pra baixo em um aquário.

Vem no meu pensamento, momento...

(E.L.)
Por fim!


O que você quer de mim?
Eu vou te dar tudo.
Letras, canções, amor, verdade...
Nada vai sobrar, é tudo na medida mais lógica da verdade.
Eu e você

Eu e você

(E.L.)
De morrer

Há... Já ouvi muitas histórias de gente que se coloca a pensar no que não existe, eu mesmo não acredito nisso, pois já passei por muitas nessa vida que meu Deus me deu, já vi e vivi muito pra cair em uma besteira dessas...
Lembro bem do João que passou um aperreio por causa de Lindalva, quase se matou que mal de amor é esse que faz morrer, de tonho que abandonou tudo, ficou louco e hoje anda por ai em saber pra onde ir, que mal é esse? Esse tal de amor... Não quero saber disso prefiro me manter aqui forte e seguro de mim mesmo...

Lembro-me também do Francisco que penou atrás da mulher que jurava de pés juntos que era ela a mulher da sua vida, vi no que deu, ela o largou pra ficar com o padeiro e hoje ele vive lascado penando por ai, nunca mais arrumou a vida, vive largado pelos cantos... Sai pra lá lasqueira eu quero lá nada com isso, já disse! Num sofro mais por causa desse causo de amor. Oh!

(E.L.)